quarta-feira, janeiro 24, 2007
terça-feira, setembro 05, 2006
Poema - Jacky
Um dia de desilusão
Porque chegou ao fim
A vida do meu cão.
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Era um grande AMIGO
Nas alegrias e desenganos
Vivemos em companhia
Durante 20 anos
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Nunca te esquecerei
Esteja nervosa ou calma
Que estejas em descanso
E com paz na tua Alma."
Obrigada, Sr. Gilberto!
O meu "menino" Jacky
Publico aqui um mail que enviei em 03 de Fevereiro de 2000, a uma associação de animais, com site publicado na Internet, quando o meu Jacky faleceu. Partilhando a nossa história comum com o público, foi e é a minha forma de o homenagear e de o manter vivo:
"Sempre gostei de todo o tipo de animais, sempre respeitei a sua condição e talvez por isso haja uma espécie de química entre nós, visto que por muito ariscos que sejam, consigo aproximar-me deles sem nunca ter corrido qualquer risco (pelo menos até hoje, já lá vão 26 anos!).
Quando tinha 8 anos, através de uns primos, os meus pais tiveram conhecimento de uns senhores donos de um casal de cães de exposição. A cadela tinha uma ninhada de 8 filhotes, mas uma das crias não nasceu igual aos pais e aos irmãos; todos eram castanhos e de pêlo acentuadamente ondulado, menos aquele, que tinha pêlo curto, era branco, com algumas manchas pretas e era o mais pequeno, o que lhe dava um ar franzino.
Pensando tratar-se de algum "escape" que a cadela tivesse tido, e daí resultasse aquele "bastardo" (pelo menos o mais notório), decidiram matar ou dar aquela cria.
Tal como todas as crianças, eu passava os dias a choramingar por uma mascote que pudesse ter em casa para brincar, tratar, para o bem e para o mal.
Foi assim que o Jacky apareceu lá em casa, livrando-se assim de um destino cruel que dois seres humanos lhe destinariam não fossem os meus pais pedir o bichinho.
Lembro-me comos e fosse ontem:
Tinha apenas 14 dias de vida, não abria os olhos, mal sabia chorar e por mais um pouco, cabia-me nas mãos.
O Jacky cresceu, fez-se forte, e talvez por ter sido sempre tratado como uma criança, adquiriu comportamentos invulgares nos cães. lembro-me de todos os momentos que passámos juntos, os bons e os maus. Sim, houve muitos anos maus, pois os meus pais divorciaram-se e a minha mãe ficou comigo a seu cargo, sem qualquer responsabilidade assumida por parte do meu pai. Passámos muita fome, não me envergonho de o dizer, pois essa vergonha não se reflecte em mim e sim em quem não assumiu as responsabilidades que lhe eram devidas. mas nunca faltou comida ao meu Menino, a minha mãe podia não comer, mas para nós (eu e o Jacky) tinha que haver sempre nem que fosse um naco de pão. O importante era comer. Lembro-me de que por vezes, ia comprar ao talho um quarto de frango propositadamente para nós dois, e aí, era uma festa!!!
Nos piores momentos de angústia, lá estava o meu Menino ao meu lado, dando-me lambidelas ou fazendo gracinhas só para me animar.
Dizem que eles (os animais), não pensam. Eu afirmo que sim, pensam. Pensam, sentem, sofrem e alegram-se tal como nós, mas se os observarmos bem, transmitem-no melhor do que nós o dizemos. Os sentimentos deles são puros, sem qualquer tipo de interesse ao contrário de nós seres humanos que nos dizemos superiores por sermos racionais... Será que o somos mesmo?
Em 6 de Fevereiro de 1999, cheguei a casa do trabalho com a minha mãe, e como vinha sendo hábito há alguns meses, assim que chegava, corria para o meu quarto, para ver o meu Menino, que por ser já muito velhinho, quase não via nada, mal andava, pois já não tinha forças para se aguentar e por isso passava os dias praticamente deitado em cima de uma pilha de almofadas confortáveis que nós pusemos no chão. Lá estava ele, meio a dormir, meio acordado, preparei um pouco de leite com Cérelac, tentei com a ajuda de uma seringa dar-lhe de comer para depois lhe mudar a fralda. Sim usava fraldas para assim poder fazer as necessidades à vontade, sem sujar a casa ou a sua caminha. Mas nesse dia, foi em vão...
O meu Menino só estava à espera que nós chegássemos para se despedir. Era chegada a sua Hora... Quando lhe peguei ao colo, deu-me duas lambidelas (como quem dá dois beijinhos) e partiu... Foi o pior dia da minha vida... Desejei morrer com ele, dar a minha vida em troca da dele... Ainda o desejo se isso fosse possível. Com ele levou toda a minha infância e adolescência... Sinto-me vazia... Só me restam as memórias e os álbuns de fotografias, que ele tanto gostava de tirar. Era muito fotogénico, o rapaz, além de vaidoso.
Escrevo esta história com alguma dificuldade emocional, mas espero que sirva para que aquelas pessoas que olham para os animais e fazem deles o que querem, ao sabor das suas apetências, se lembrem que eles também são seres vivos e que por isso merecem tanto respeito como qualquer pessoa. Aliás, o meu Menino mereceu muito mais respeito do que muitas pessoas que conheci durante toda a minha vida.
Sei que esta história é longa, mas não é nada, comparada com os 19 anos de vida comum que tive com ele. A minha mãe já penso adquirir outro para superar a dor, mas de momento não é possível nem justo fechar um animal em casa durante todo o dia, tal como teve que acontecer com o meu Menino, por ironia do destino.
Espero que surta algum efeito positivo na consciência de todos nós, senão pelos próprios animais, por nós seres humanos que já nos habituámos a olhar para o nosso próprio umbigo."
quarta-feira, agosto 30, 2006
Início
Este blog destina-se a partilhar com toda a gente a experiência de ter animais em casa. É optimo, é excelente. Faz-nos bem a nós e aos animais. Nós, crescemos; e eles agradecem a oportunidade de partilha.
Estes são os meus actuais "meninos", O cão, chama-se Nero e o gato, chama-se Trinkas. São uma dupla imbatível! Ui!
Onde está um, está decerto o outro... São companheiros de brincadeiras, de traquinices, das horas de descanso e até na hora da refeição. O gato só gosta da comida do cão, e o cão só estica o olho para a comida do gato... (para meu desespero e da minha mãe!!!).
Antes destes dois rapazolas, tive um outro... O Jacky... (Que saudades... Não desfazendo estes dois índios).
O Jacky foi o meu "irmão" de criação, crescemos juntos, e foi uma presença constante durante várias as fases da minha vida, durante perto de 19 anos. Sim! 19!!! Morreu de velhinho, nos meus braços. Esperou que eu regressasse a casa, ao fim do dia, para se despedir de mim. É-me impossível escrever este post, sem que me corram as lágrimas pela face. Devo-lhe esta homenagem!